domingo, 3 de outubro de 2010

Nova entidade reúne líderes do mercado

24/09/2010

Meta da associação é criar um banco de dados global sobre as principais rotas.

Sete das principais operadoras de contêineres tornaram-se acionistas da recém-formada WLD (World Liner Data), formada após a dissolução da ELAA (European Liner Affairs Association). O intuito da nova associação é compilar o volume de cargas movimentadas e estatísticas de preço da indústria em escala global.

A WLD contará com a Container Trade Statistics - que já era responsável pela coleta de dados para a ELAA - para implementar o sistema de informações. A empresa foi vendida para o executivo-chefe Rod Riseborough e funcionários, por um valor nominal.

A existência da ELAA tornou-se dispensável na visão da indústria, que não necessita mais de um lobby organizado. O World Shipping Council passará a representar as transportadoras em questões regulatórias no futuro.

Os detalhes foram acertados durante uma reunião em Seattle, onde o diretor executivo da ELAA, Chris Bourne, anunciou formalmente sua saída do cargo após liderar a associação por cinco anos consecutivos, durante o desmantelamento do sistema de conferências na Europa.

A Container Trade Statistics sempre reuniu informações sobre os trades europeus, mas agora está se preparando para expandir sua área de atuação para outras regiões. Dados relativos às rotas transpacíficas aguardam publicação para o início de 2011, uma vez que a liberação por parte da Federal Maritime Commission tenha sido obtida, de acordo com Riseborough.

Apesar da Comissão Européia exigir que taxas de frete sejam publicadas sob a forma de índice de valores para as rotas do continente, tal restrição não é aplicada para outras áreas. Isso pode abrir o caminho para que informações de frete mais transparentes sejam publicadas para mercados fora da Europa, que poderiam ser utilizados como referência para negociação de derivativos.

Além das sete principais acionistas que compôem a WLD, outras duas companhias declararam o interesse em participar como membros não-filiados. Tal manobra ainda garantiria o acesso às informações, porém sob uma diferente taxa de serviço.

As operadoras japonesas dissidentes da ELAA - em parte devido à preocupações quanto a questões antitruste - disseram ser favoráveis à nova forma de troca de informações.

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