domingo, 4 de agosto de 2019
Governo isenta taxa de importação sobre 281 bens de capital e informática
Governo isenta taxa de importação sobre 281 bens de capital e informática
Segundo o Ministério da Economia, medida visa atrair investimentos ao país; motores a diesel, empilhadeiras e camas hospitalares estão entre os beneficiados
O Ministério da Economia reduziu para zero a tarifa do Imposto de Importação de 281 bens de capital e de informática. A medida foi publicada nesta sexta-feira, 2, em portaria no Diário Oficial da União e passa a valer em dois dias. Entre os itens com a alíquota zerada estão motores, máquinas agrícolas e peças de impressoras.
Segundo o ministério, o objetivo é promover a atração de investimentos para o Brasil, desonerando os aportes direcionados a empreendimentos de alguns setores da economia.
As taxas zeradas valem até 2021. Ao todo, 260 bens de capital — equipamentos utilizados para a fabricação de produtos para consumo — tiveram a taxa de importação reduzida de 14% para zero. Desses, 240 representam novos produtos e outros 21 são renovações de isenção tarifária. Entre os bens afetados pela medida estão motores a diesel, empilhadeiras e guindastes.
Além disso, outros 21 bens de informática e telecomunicação, uma subdivisão dos bens de capital, terão a alíquota reduzida de 16% para zero. Entre eles estão dispositivos usados em impressoras e sistemas biométricos.
De acordo com a Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), somente em 2019 um total de 1.189 bens tiveram suas tarifas zeradas, incluindo essas duas categorias.
Fonte: Revista VEJA
2 ago 2019
terça-feira, 2 de julho de 2019
País registra superávit de US$ 27,13 bi no primeiro semestre
País registra superávit de US$ 27,13 bi no primeiro semestre
A queda do preço de várias commodities (bens primários com cotação internacional) exportadas e o leve crescimento das importações fizeram o saldo da balança comercial diminuir no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, foi o terceiro melhor da história para o primeiro semestre, de US$ 27,13 bilhões, só perdendo para os seis primeiros meses de 2018 (US$ 30,02 bilhões) e de 2017 (US$ 36,21 bilhões). O superávit é 9,6% inferior ao do mesmo período do ano passado.
Em junho, o Brasil exportou US$ 5,02 bilhões a mais do que comprou do exterior. Apesar da queda de 13,3% em relação ao superávit de junho do ano passado, o valor é o terceiro melhor para o mês, inferior apenas ao registrado em junho de 2018 (US$ 5,79 bilhões) e de 2017 (US$ 7,18 bilhões).
Commodities
Depois de fechar 2018 com superávit de US$ 58,959 bilhões, a balança comercial registrou recuo no primeiro semestre, provocado, principalmente, pelo desempenho das exportações, que caíram 1,8% pela média diária, somando US$ 110,89 bilhões nos seis primeiros meses do ano. A alta, de acordo com a Secretaria Especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, decorreu principalmente da queda média de 3,33% dos preços das mercadorias exportadas, o que não compensou o aumento de 1,58% no volume embarcado.
Na agropecuária, o preço médio das mercadorias exportadas caiu 10,9%, contra queda média de 4,7% no preço dos bens da indústria de transformação. Apenas os preços da indústria extrativa, beneficiados principalmente pela alta do petróleo no mercado internacional, registraram alta média de 5,1%.
As importações, em contrapartida, aumentaram. No primeiro semestre, o país comprou do exterior US$ 83,76 bilhões, valor 0,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. As compras de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) subiram 5,4% de janeiro a junho. As aquisições de bens intermediários aumentaram 1,9%.
O preço médio das mercadorias importadas caiu 5,92% no primeiro semestre, mas a quantidade comprada do exterior aumentou 7,14%.
Estimativa para 2019
Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2018 em US$ 58,959 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima um superávit menor em 2019. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 50,8 bilhões para este ano. Até o mês passado, o Ministério da Economia projetava superávit de US$ 50,1 bilhões para o saldo da balança comercial em 2019.
Fonte: Jornal A Tarde
01/07/2019
sábado, 29 de junho de 2019
União Europeia e Mercosul fecham acordo comercial negociado há 20 anos
União Europeia e Mercosul fecham acordo comercial negociado há 20 anos.
A União Europeia e o Mercosul fecharam o acordo comercial que começou a ser negociado em 1999. O anúncio oficial deve ser feito ainda nesta sexta-feira (28).
O presidente Jair Bolsonaro comemorou o acordo em publicação nas redes sociais. "Histórico! Nossa equipe, liderada pelo Embaixador Ernesto Araújo, acaba de fechar o Acordo Mercosul-UE, que vinha sendo negociado sem sucesso desde 1999", afirmou o presidente.
"Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia", disse Bolsonaro.
No início da tarde desta sexta, o Ministério da Agricultura, em uma rede social, comemorou e chamou a assinatura do acordo de "momento histórico, aguardado há 20 anos".
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viajaram para Bruxelas, onde as negociações se intensificaram nos últimos dias. A cidade é capital da Bélgica e uma das sedes do parlamento europeu.
O acordo de livre-comércio envolve os 28 países da UE e as quatro nações que fazem parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Os dois blocos juntos reúnem cerca de 750 milhões de consumidores.
O secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, que está em Bruxelas e integra a equipe de negociadores, disse ao blog que esse é o maior acordo comercial já celebrado. "São 750 milhões de consumidores e um PIB de US$17 trilhões", disse.
De acordo com informações do Ministério da Agricultura, o bloco europeu atualmente é o segundo maior parceiro do Mercosul, atrás da China. Os países sul-americanos exportam para a União Europeia principalmente produtos agrícolas. Já os europeus exportam produtos industriais, como autopeças, veículos e farmacêuticos.
Nesta quinta (27), às vésperas da reunião de cúpula do G20 no Japão, o presidente da França, Emmanuel Macron, havia dito que não assinaria nenhum acordo comercial com o Brasil se o país se retirasse do acordo climático de Paris, o que poderia ser um entrave nos trabalhos das negociações comerciais UE-Mercosul.
Nesta sexta, em conversa com Macron em Osaka, Bolsonaro sinalizou que o Brasil vai continuar no acordo do clima.
Fonte: Por João Borges
Comentarista da GloboNews. Trabalhou em 'O Estado de S. Paulo', 'O Globo' e Banco Central
28/06/2019
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